por Sherif Awad
Fotógrafo: Fábio Audi |
Nasci em Salvador-Bahia-Brasil em 22 de março de 1982. Sou a segunda filha de quatro irmãos. Aos 5 anos, mudei-me com a família para Maceió-Alagoas, onde morei por 14 anos e comecei a ter contato com o teatro (na escola). Lembro-me bem que, aos 14 anos vivi o Rico em “O Rico Avarento” de Ariano Suassuna, ícone da dramaturgia brasileira, grande inspiração para mim. Aos 17, entrei na faculdade de Direito. Graduei-me em 2008, mas nunca exerci. Estudei também Fisioterapia durante 2 anos, juntamente com o Direito. Foi difícil para mim, em uma família apenas com artistas amadores, entender que seria uma profissional da arte. Mas, gradual e inevitavelmente, aconteceu.
Fazia aulas de Ballet e piano clássicos desde a infância. Sempre gostei das apresentações de dança e música que fazia também. Estar no palco (e nos camarins) sempre me preenche muito. Na música erudita, Mozart me arrebatava desde os 11 anos. O filme “Amadeus” me marcou muito e me inspira artisticamente até hoje.
Aos poucos, naturalmente, comecei também a atuar em audiovisual. Inicialmente em comerciais e, em seguida, cinema e TV (esta última, em muito menor proporção). Comecei, então, em 2006, a me dedicar ao estudo com as câmeras. Me encanta a comunicação com os olhos que elas captam com genialidade. Não me canso de estudar para fazer jus a esta possibilidade de expressão que Meryl Streep, por exemplo, traz às telas com louvor. O artista nunca deve parar de aprender.
Hoje estou iniciando carreira internacional. Estou atuando em um longa-metragem no Colorado-EUA e já com novas possibilidades fora. Pretendo, em breve, adentrar o mercado europeu. Tenho cidadania italiana, o que, juntamente com o Inglês fluente, me facilita ganhar novos mercados. Talento e performance são o que importa no mercado externo. Valorizo muito isto.
Como mulher, sinceramente, nunca tive problemas em minha profissão (nem em nenhuma área da minha vida). Me sinto uma atriz respeitada por onde quer que eu vá. Felizmente só tenho boas histórias para lembrar neste sentido e penso que qualquer pessoa que se sinta desrespeitada, deve buscar sempre seus direitos.
No Brasil temos as políticas de leis/editais para financiamento de projetos artísticos (federais, estaduais, municipais), mas sinto falta de um mercado que faça a roda girar para além das verbas públicas. Um mercado que se fortaleça em termos de público/bilheteria para que os fomentos sejam apenas para vencer a inércia, e não a condição para que os produtos apareçam. Vamos chegar lá!
Ademais, trabalho com extrema dedicação. Analiso as possibilidades com respeito e critério e, uma vez aceito um papel, mergulho. Às vezes ataco também de produtora, diretora, roteirista e editora. Mas o que abre meus olhos toda manhã é atuar.
Todo projeto, toda personagem vem com demanda total de dedicação. Tudo tem que ter até a última gota do meu sangue.
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