por Sherif Awad
Eu sou uma atriz do Brasil
Minha família vem de origem europeia (avós e bisavós alemães, italianos e poloneses).
Minha avó alemã para fugir da caça aos alemães casou com uma Espíndola para “esconder a origem”.
Meus pais são catarinenses e criado em fazenda e região praiana de pescadores.
Atualmente são recém-falecidos (mãe em 2013 e pai em 2020).
Tenho também um irmão, 02 sobrinhos e 03 sobrinhos, neto (02 meninas e 01 menino).
-Até o período universitário fazia trabalhos como modelo e figuração em filmes (Longa metragem) sempre que possível. De fato, meu início foi ao ingressar na faculdade quando, para alcançar bolsa de estudos, fiz parte do Corpo Artístico Universitário (teatro). Ao terminar a faculdade fiquei um período ausente e quando mudei de cidade (Rio para São Paulo) resolvi retomar para as artes, em especial teatro. A partir desse período atuei em cinema, performances cênicas, teatro, dança, arte educação.
-Na realidade na infância e adolescência não tinha essa questão de ver TV como a geração mais recente. Era estudar e brincar. Meus pais eram bem rígidos nesse sentido. Mas gostava de ver Vila Sésamo e Sitio do Pica Pau Amarelo e todo o elenco me fascinava.
EU estou SEMPRE em aperfeiçoamento. Me deixando disponível para os Jobs, ou seja, treinando a ferramenta pessoal para as possibilidades e oportunidades. O trabalho de artista não se finda em um perfil.
EU percebo que o mercado é viciado em apadrinhar jovens. Mas há os talentos maduros. E as oportunidades não são tão favoráveis. Vejo o vício em utilizar jovens “caracterizados” de maduros. Entretanto não há a vivencia emocional e com isso a performance fica vazia.
É óbvio que não estou satisfeita com minha presença no panorama e registro artístico brasileiro. Há um vicio de contratações e desgastes. Gostaria de atingir mercados além da fronteira confortável.
-Tenho observado que há casting no gênero feminino onde a faixa etária (50 a 65 anos) fica no vácuo em praticamente 90% das oportunidades.
-No meu país está muito crítico em especial pelo descrédito da importância do setor cultural no crescimento do país na visão dos governantes. A história e o desenvolvimento de um país vêm pela observância crítica de um povo e essa visão é produzida e alimentada quando a cultura e as expressões artísticas são livremente exercidas.
-São poucas as oportunidades oferecidas. Apesar de eu ter um currículo com bastante experiência, a maior parte da experiência veio através de busca pessoal, sem uma assessoria profissional. Percebo que de forma muito velada o QI ou mesmo o senso de conforto para trabalhar com quem já se conhece favorece aos produtores.
-Atualmente estamos em pandemia e os projetos estão em compasso de espera. Mas meu foco é em especial teatro. Tenho alguns textos/argumentos em interesse pessoal ou sob convite) e tenciono a possibilidade de oportunidade no ramo de TV porque isso favorece a visibilidade no mercado.